NOME: Clodoaldo Luiz Ceron
xadrezvencedor.blogspot.com
ESCOLA: EEB Dr João Santo Damo
TEMA: A Importância das Tecnologias no Ensino Aprendizagem do Xadrez para Alunos de 5 a 8 Séries do Ensino fundamental.
OBJETIVO GERAL: Formar cidadãos autônomos, críticos e participativos, capazes de atuar com competência, dignidade e responsabilidade.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
· Favorecer valores, por meio de uma atividade prazerosa, como: responsabilidade, disciplina, cooperação, amizade e solidariedade que contribuirão para a formação de futuros cidadãos;
· Através do uso de computadores, aprender técnicas e táticas que facilitem a prática do xadrez;
· Estimular o raciocínio lógico e a concentração;
· Saber discernir o caráter mais competitivo do recreativo;
· Compreender que a importância do esporte como recurso de educação e lazer.
· Desenvolver o espirito crítico através do jogo.
PÚBLICO ALVO: Alunos de 5 a 8 series do Ensino fundamental
MÍDIAS E TECNOLOGIAS A SEREM UTILIZADAS:
Para atingir aos objetivos propostos e aos conteúdos administrados, a fim de facilitar o processo de ensino aprendizagem, serão utilizados como procedimentos metodológicos:
- Aulas expositivas e dialogadas;
- Exercícios escritos;
- Torneios de treinamento entre as salas;
- Ensinamentos através de quadro mural específico para esta prática;
- Tirar dúvidas em cada mesa;
- Pesquisas e trabalhos individuais e em grupo na sala informatizada;
- Filmes (sessões cinematográficas);
- O uso do computador ( sala informatizada );
- Apresentação dos trabalhos no power point.
JUSTIFICATIVA
Dentro da perspectiva da moral, a prática deste esporte encaminha a uma experiência positiva, no que se refere a ganhar ou perder, ajudando no desenvolvimento de habilidades como: paciência, perseverança, auto-controle, disciplina e autoconfiança, contribuindo na formação da personalidade e do caráter.
O uso da sala informatizada é de fundamental importância para esse processo, sendo um atrativo a mais para o ensino aprendizagem, despertando no educandoum interesse maior pela prática do xadrez através de sites especializados e programas próprios afim de obter um henriquecimento na qualidade do trabalho pedagógico.
Portanto o xadrez contribui com a formação intelectual, colaborando com o trabalho pedagógico de forma direta para um melhor desempenho dos estudantes nas demais disciplinas escolares, já que é considerado um dos esportes que mais favorecem a prática do pensamento, além de colaborar para uma melhor formação dos que praticam este esporte.
PROCEDIMENTO AVALIATIVO
O processo de ensino e aprendizagem deverá ser observado passo a passo em um processo contínuo, ocorrendo nos variados momentos, visando constantemente diagnosticar e ultrapassar as dificuldades na medida em que forem identificadas, sendo levado em consideração o investimento pessoal do aluno e suas dificuldades.
Para atender as expectativas será realizado uma avaliação que terá como elementos básicos as atividades sitadas abaixo, todas realizadas nos computadores da sala informatizada.
· Relatório de observação a respeito do desenvolvimento e rendimento de cada aluno (assiduidade, interação, interesse, participação, organização, pontualidade);
· Atividades escritas individuais ou em grupo;
· Atividades de exposição oral;
· Auto-avaliação;
· Será considerada a freqüência, conforme normas da escola;
· Revisão geral;
· Como conduzir uma partida;
· Treinamento do xadrez pensado;
· Campeonato interseries
CONTEÚDOS
O xadrez é um jogo muito antigo que surgiu a partir do jogo indiano chamado de shaturanga. A Pérsia foi à primeira nação do xadrez, ela que foi a responsável pela criação deste e quando foi invadida pelos árabes, estes levaram o jogo para a Europa durante a invasão do islamismo.
Na Europa, o xadrez tornou-se o jogo que é hoje. Como o xadrez é um jogo de raciocínio, ele foi definido como esporte intelectual que se baseia em três elementos: jogo-arte-ciência. Jogo porque requer habilidade, arte por causa da imaginação e ciência devido ao cálculo. Apesar desta definição, muitos consideram o xadrez como um jogo matemático que tem como objetivo deixar seus praticantes mais inteligentes e melhores no cálculo matemático.
De fato o xadrez auxilia no cálculo, porém não se deve esquecer que como todo jogo com regras, o xadrez tem um grande valor sócio-educativo, pois promove a inclusão, a interação e a socialização do aluno com o meio.
A prática do jogo implica no exercício da sociabilidade, autoconfiança, do raciocínio e até mesmo da organização estratégica do estudo, o que acaba inclusive auxiliando na melhora do rendimento escolar, principalmente em termos de concentração. Estes valores são de suma importância, mas não deve se esquecer que além do cognitivo, o jogo também trabalha o lado social do aluno, outro valor de grande importância para a formação do indivíduo. Analisando o xadrez por seu lado pedagógico nota-se que em uma partida há comunhão entre raciocínio, cálculo, desafio, respeito, aventura e interação.
Acredito na importância do xadrez como instrumento pedagógico devido a sua gama variada de conteúdos, incluindo seus benefícios sócio-educativos. O comportamento, a auto-estima, a tomada de decisões, os valores éticos, o respeito, a humildade, a paciência, o saber ganhar e perder e principalmente a interação entre os jogadores fazem parte do lado social do jogo, fatores essenciais para a formação humana do aluno.
Além destes fatores, o jogo contribui para a aceitação de normas e resultados, formação de caráter, controle emocional, facilidade de expressão, aceitação de novas idéias e diferentes pontos de vista, valores importantes na formação do aluno, auxiliando-o na conscientização sobre suas ações e com isso este aprende a distinção entre o certo e o errado, além de levar estes valores para seu cotidiano, o que contribui para a formação do seu EU. O aluno quando participa de jogos de regras, este tem por característica abandonar a arbitrariedade que governava seus jogos para adaptar-se a um código comum, podendo ser criado por iniciativa própria ou por outras pessoas, mas que deverá acatar limites porque a violação das regras traz consigo uma punição.
Todo jogo dotado de regras contribui para a formação sócio-afetiva do aluno, portanto como o xadrez é um jogo com regras específicas pode se concluir que este tem grande influência social. A partir disto observa-se que o xadrez é de grande importância para a formação social do aluno, pois trabalha com sua auto-estima, seu comportamento e o ajuda na sua interação e integração com o meio. Pode-se analisar também que o xadrez evoluiu de jogo estritamente restrito ao treinamento para um jogo voltado para o lúdico e também para o lado sócio-afetivo do aluno.
Isto ajudará a criança a aceitar o ponto de vista das demais, a limitar sua própria liberdade em favor dos outros, a ceder, a discutir e a compreender. Quando se praticam jogos de grupo a experiência se engrandece já que a sociabilidade é agregada à vida da criança, surgindo assim os primeiros sentimentos morais e a consciência de grupo. Quando a criança joga compromete toda sua personalidade, não o faz para passar o tempo. Podemos dizer, sem dúvida, que o jogo é o “trabalho” da infância ao qual a criança dedica-se com prazer. Pode-se perceber através do que foi exposto o valor educativo que a prática lúdica do xadrez possui.
A tendência educacional contemporânea tem se preocupado em afirmar a necessidade de levar o aluno vivenciar os conhecimentos aprendidos na aula de forma mais prática, para tanto há uma ênfase na recomendação de que o educador sempre procure utilizar de fatores lúdicos para romper com um modelo de aula tradicional. Para que ocorra esta iniciativa acreditamos que uma das ferramentas que pode auxiliar na aproximação dos conhecimentos escolares da realidade e do cotidiano dos alunos é a inserção de material tecnológico nas salas de aula.
Estamos interligados pelo mundo virtual, graças aos avanços tecnológicos relacionados às diferentes mídias de comunicação. Algumas dessas ferramentas oferecem um grande fluxo de informações, um enorme poder lúdico, a facilidade para a maioria dos indivíduos de usufruí-la, e o poder de influenciar. Neste sentido, acreditamos que as ferramentas tecnológicas, como computadores e as mídias relacionadas a estes equipamentos, possam ser uma aliada com enorme potencial para auxiliar o processo educacional.
Nos dias atuais bem menores e muito mais potentes conseguimos transformar um objeto com um objetivo inicial para a guerra em uma ferramenta tão valiosa e poderosa em que a construção do conhecimento é mais lúdica.
Dessa forma, os computadores podem tornar a aprendizagem mais prazerosa e interessante tendo como conseqüência a construção do conhecimento mais significativa ao educando.
É essencial que o educando conte com um professor com um perfil diferenciado. Um educador que mostre as vias possíveis e confiáveis de acesso ao conhecimento, instigando a curiosidade do educando e sendo incentivador do crescimento próprio adquirido pelo educando. Neste presente nossos jovens precisam de um educador, de um orientador que irá demonstrar a eles como obter informação para se posicionarem de maneira crítica ao mundo em seu redor.
Essa globalização, identificada como a era da informação, onde transmitimos informações de um local a outro com uma velocidade espantosa, torna o mundo dos nossos jovens mais dinâmico, tendo como carro chefe a INTERNET, que vem acompanhada de muitas ferramentas tecnológicas que podem auxiliar no processo ensino-aprendizagem.
O desenvolvimento atual da tecnologia redefiniu as tarefas intelectuais em todos os níveis do sistema educacional. Fora da escola, atingiu os espaços de brinquedo das crianças e adolescentes e criou um novo estilo de pensamento. O estilo de ensaio e resposta rápida nada tem que ver com o clássico jogo de xadrez.
A valorização da atividade, o trabalho individual, o desafio frente à máquina, as corridas de obstáculos que treinam para a resolução rápida são hoje as formas cognitivas que se encontram fora da escola. O desafio desta consiste em conhecer o impacto que têm as formas treinadas e os estilos de decodificação nas práticas escolares. A utilização destas formas e estilos de pensamento implicará também modificações nas práticas escolares, que voltam centralmente a recuperar como eixo a compreensão dos saberes.
O educador deve tomar uma postura diferenciada da tradicional, visando que o educando seja orientado na construção do conhecimento, e consiga acessar todas as fontes de informação, enfatizando o que mais lhe acrescente de positivo para o processo ensino-aprendizagem.
Para que isso ocorra, educador e educando devem conhecer os recursos e saber lidar com eles, de forma que ambos falem a mesma linguagem ao se tratar de aprendizagem. Freire enfatiza que o ponto fundamental que dá alicerce ao processo da construção do conhecimento é a inclusão do homem que se educa que compreende que é um ser incompleto e que busca sempre mais.
O professor, além de ensinar, passa a aprender; e o aluno, além de aprender, passa também a ensinar”. (Freire, Apud Becher, 1994).
O educador deve além de saber significar as teorias, e instrumentalizá-las através de novas tecnologias, conhecer os recursos e fontes destas ferramentas, para que possa favorecê-la na construção do conhecimento.
Em ambientes virtuais de aprendizagem, devemos considerar a importância de todos os aspectos, principalmente os cognitivos. Precisa-se compreender como se dá o processo ensino-aprendizagem, e como acontece a construção do conhecimento em ambientes virtuais.
Atualmente esta ferramenta permite auxiliar o educador, utilizando novos métodos de integração com o educando.
O educador deve conhecer as fontes existentes na sua área de trabalho para melhor desenvolve-la, pois no processo ensino/aprendizagem, faz-se necessário o uso de ferramentas de trabalho para conseguir chamar a atenção e interessar o educando pelo assunto abordado.
De certo modo, o processo ensino-aprendizagem é incubador da inovação e da criatividade. Na teoria deveria construir e aprimorar habilidade e conhecimento, tanto individualmente quanto socialmente, e a presença de ferramentas, que facilitem o uso desses conteúdos, representa um passo importante para o processo.
A preparação de aulas utilizando estas ferramentas requer uma coleta de materiais, sendo o educador, o orientador do conteúdo, deve selecionar parte desses materiais, e integrá-los com contribuições próprias, para adequá-los ao contexto específico da aprendizagem.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANZANO, Antônio López; VILA, Joan Segura. Iniciação ao Xadrez. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
FREIRE, Apud Becher. Manual de Xadrez. Editora: Nobel, 1994
CARVALHO, Flávio. Iniciação ao xadrez. 7ª edição. São Paulo: Summus, 1982.
D’AGOSTINE, Orfeu Gilberto. Xadrez Básico. Rio de Janeiro: Ediouro S.A. 2002.
FONTARNAU, Abel. O Ensino de Xadrez na Escola. Porto Alegre: Artmed, 2003.
GIRONA, Castro. Iniciação ao Xadrez para crianças. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2003.
LASKER, Lasker. História do Xadrez. 2ª edição, São Paulo: IBRASA, 1999.
LEIS do Xadrez da FIDE, 2005. Disponível em http://xadrezunicamp.wikispaces.com/file/view/LeisFIDE75th.pdf> Acesso: 22 ago. 2009.
PEREIRA, Álvaro. Introdução ao Xadrez. 2. ed. Editorial Caminho, S.A. Lisboa,1988.
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