domingo, 24 de outubro de 2010

A internet e as novas tecnologias

A presença das tecnologias de informação e de comunicação no cotidiano alterou as formas de socialização e de acesso ao conhecimento por parte das crianças de uma forma acelerada. Essas tecnologias têm se constituído em espaços de aprendizagem, através dos quais as crianças aprendem sobre modos de ser e sobre estilos de vida. Os usos das tecnologias de informação e de comunicação na infância têm mostrado que, embora o campo da informática apresente uma gradativa expansão, a TV continua sendo a mídia de maior abrangência e repercussão social entre as crianças na atualidade, onde a mesma, se constitui um importante elemento formador, devido ao papel que desempenha no processo de educação das crianças, que em seu tempo vago, acaba ficando em frente a TV, aí vai dos pais corrigir e visualizar os programas assistidos pelos filhos,a TV educa as crianças, interferindo nos modos de pensar, sentir e desejar, nas formas de relacionamento que estabelecem com seus pares e com os adultos, na construção de conceitos e valores, mas tudo isso, dependendo de como é controlado os programas a serem vistos.
Segundo José Manuel Moran, “a Internet e as novas tecnologias estão trazendo novos desafios pedagógicos para as universidades e escolas. Em alguns momentos o professor leva seus alunos ao laboratório conectado à Internet para desenvolver atividades de pesquisa e de domínio das tecnologias (segundo espaço). Os cursos precisam prever espaços e tempos de contato com a realidade, de experimentação e de inserção em ambientes profissionais e informais em todas as matérias e ao longo de todos os anos (quarto espaço). Uma das tarefas mais importantes das universidades, escolas e secretarias de educação hoje é planejar e flexibilizar, no currículo de cada curso, o tempo de presença física em sala de aula e o tempo de aprendizagem virtual e como integrar de forma criativa e inovadora esses espaços e tempos”. Sendo assim, podemos perceber a importância da sala informatizada em ambientes escolares para o aprimoramento dos conhecimentos, onde o próprio educando busca em sites conceitos de vários autores e ao final forma o seu próprio conceito do conteúdo abordado pelo professor.
Cita ainda José Manuel Moran sobre a questão da escola que:“A escola precisa partir de onde o aluno está das suas preocupações, necessidades, curiosidades e construir um currículo que dialogue continuamente com a vida, com o cotidiano. Uma escola centrada efetivamente no aluno e não no conteúdo, que desperte curiosidade, interesse. Precisa de bons gestores e educadores, bem remunerados e formados em conhecimentos teóricos, em novas metodologias, no uso das tecnologias de comunicação mais modernas. Educadores que organizem mais atividades significativas do que aulas expositivas, que sejam efetivamente mediadores mais do que informadores. É uma mudança cultural complicada, porque os cursos de formação de professores estão, em geral, distantes tanto das novas metodologias como das tecnologias”. Isso tudo prova que se a escola como um todo, trabalhar juntos, pais, professores, alunos, direção e administrativo há possibilidades de se organizar para estas mudanças, de forma crítica, equilibrada e integradora.
Estamos vivendo um momento muito importante, ao qual muitos de nós sonhavamos quando crianças, de ter as tecnologias voltadas à educação, para que com isso a educação possa formar o profissional que a sociedade realmente procura, para que o mesmo tenha acesso ao mercado de trabalho, onde hoje em dia é fundamental o uso das mesmas. No entanto, a educação capaz de formar esse profissional não pode mais ser baseada na instrução que o professor transmite ao aluno mas, na construção do conhecimento pelo aluno e no desenvolvimento dessas novas competências. Devemos começar com o educando, transformando-o num ser criativo, reflexivo e com capacidade de pensar, de aprender a aprender, de trabalhar em grupo e de conhecer-se como indivíduo. Continuar usando de todos os meios e formas necessárias para que ao término do processo consigamos transformar o educando em reais cidadãos.

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